quarta-feira, 11 de janeiro de 2012


Odé / Otim

Senhor das florestas, seu habitat natural , onde vive e caça.

É a divindade da harmonia e do equilíbrio, protegendo os caçadores e a caça ao mesmo tempo, aceitando somente a busca pelo alimento.

Está associado com a vida ao ar livre e com os elementos da natureza.

Como bom caçador, é solitário e individualista. Mas não dispensa o convívio social e nunca vive sem um grande amor.

ARQUÉTIPOS:

Solitários, no trabalho exigem silêncio e concentração. Observadores e joviais, ágeis e espertos, estão sempre atentos. Seus objetivos estão em primeiro lugar. São líderes e independentes ao mesmo tempo em que são pacientes com as pessoas, são rápidos e espontâneos nas ações.

Comunicativos e ordeiros, amantes e sonhadores, no fundo são pessoas românticas e vaidosas, que passa por esnobes e exibicionistas e que necessitam do convívio social para exercitar suas qualidades de liderança.

LENDAS:

A cada ano, após a colheita, o rei de Ijeshá saudava a abundância de alimentos com uma festa, oferecendo a população inhame, milho e coco. O rei comemorava com sua família e seus súditos; só as feiticeiras não eram convidadas. Furiosas com a desconsideração, enviaram para festa um pássaro gigante, que pousou no teto do palácio, encobrindo e impedindo que a cerimônia fosse realizada. O rei mandou chamar os melhores caçadores da cidade. O primeiro tinha vinte flechas. Ele lançou todas elas, mas nenhuma acertou o grande pássaro. Então o rei aborreceu-se, mas mandou-o embora. Um segundo caçador apresentou-se, este com quarenta flechas; o fato se repetiu e o rei mandou prende-lo. Bem próximo dali vivia Odé, (Oxosse) um jovem que costumava caçar a noite, antes do sol nascer; ele usava apenas uma flecha vermelha. O rei mandou chamá-lo para dar fim ao pássaro. Sabendo da punição imposta aos outros caçadores, a mãe de Odé , temendo pela vida do filho, consultou um babalaô e os búzios mostraram que se fosse feita uma oferenda para as feiticeiras, ele teria sucesso. A oferenda consistia em sacrificar uma galinha, e na hora da entrega dizer três vezes: que o peito do pássaro receba esta oferenda! Nesse exato momento, Odé deveria atirar sua única flecha. E assim o fez, acertando o pássaro bem no peito. O rei, agradecido pelo feito, deu ao caçador metade da sua riqueza e a cidade de Keto , “Terra dos panos vermelhos” , onde Odé governou até sua morte, tornado-se depois um Orixá.

Otim foi criada pela imaginação de Odé , pois era muito sozinho. Ele imaginou tanto e com tanta vontade uma companheira, que Otim apareceu para ele, sendo o único Orixá que não esteve viva na Terra. A função de Otim é levar água para os Orixás.

Oferenda: mia-miã doce (farinha de mandioca torrada com mel), costela e chuleta de porco, feijão miúdo torrado. Balas, bombons, pirulitos, tudo enfeitado um uma bandeja com papel, branco, azulão e rosa pink .

Local de entrega: mato de beira de praia, entrada de matas, aos pés de um coqueiro e dentro da mata.

Domínio: Orixá protetor das crianças, nos traz felicidades, boas novas, notícias, indica caminhos novos, direção a seguir, traz fartura e bem estar, alegrias e felicidades.

Responde com Ogum no mato, por demandas, vitórias, notícias, encontrar algo escondido ou desaparecido.